Thursday, June 23, 2022

Da paixão a que eu nunca me dou

 Se eu me deixasse apaixonar por alguém de novo a esta altura da morte seria a pior coisa que poderia fazer. De qualquer forma, seria sempre mau já que o amor me acontece antes e a paixão vem depois e tem a tal duração de menos de um ano.

Engraçado como demorei décadas a entender que isso de priorizar o amor nunca deveria ter sido para mim. Agora já foi tarde. 

De todas as paixőes (que vieram antes do amor) que tive foram sempre pessoas com quem eu nunca quis ter nada. Realmente eu sou mesmo completamente ao contrário. Não há, nem nunca houve, qualquer forma de funcionar nesta sociedade.

Verdade seja dita, também não devia ter cedido a químicas, porque isso de atracção ou compatibilidade química há demasiadas pessoas com que os organismos se encaixam.

Se calhar, para não variar, também andou tudo avariado no departamento da paixão. 

Entender o que se sente, como se sente, o que nos leva a sentir, é sempre o melhor mesmo antes de qualquer coisa. Mas, enfim, as coisas que consideramos erros podemos e devemos sempre retirar alguma lição senão aí é que não valeu de nada mesmo.

(Isto está um bocado estúpido e parco, um pouco como essa coisa da paixão)

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