quarta-feira, agosto 13, 2025
Insta
terça-feira, agosto 12, 2025
Fruto proibido
Proibiram-me de te amar
Proibiram-me de te falar
Proibiram-me de te ver
Mas quem disse
Que isso ia interromper
Todo o amor e a doidice
Que é te querer?
segunda-feira, agosto 11, 2025
Coração árido
quinta-feira, agosto 07, 2025
quarta-feira, agosto 06, 2025
O Tempo leva-me
terça-feira, agosto 05, 2025
Colibri
"os aztecas acreditavam que depois de morrerem transformavam-se em colibris".
e eu que sou um colibri, no que me transformarei?
(chorei no fim e tive mais uma hemorragia espontânea a vir da boca, dor de cabeça do mesmo lado de sempre..)
domingo, agosto 03, 2025
Desenvolvimento pessoal
Investi muito no meu desenvolvimento pessoal ao nível do interior para que fosse o melhor ser em termos de humanidade desde criança. Por isso, jamais ficaria mesmo com alguém que não estivesse à altura disso. Nunca mais encontrei ninguém. O meus tios todos tinham razão em dizer que não haveria ninguém que estivesse à minha altura e que eu não era nem devia ser como as minhas primas que dependiam de homens. Eu sempre fui demasiado eu. Demasiado para este Mundo. E isso chegou e sobejou para tudo e todos.
Da Fome
Minha querida criança
Minha querida criança, em 2019 surgiu um vírus ("covid-19") que se espalhou muito rápido tornando-se numa pandemia que fez com que tivéssemos de ficar isolados em casa durante muito tempo. Milhões de pessoas morreram nos três anos seguintes.
As pessoas reagindo animalisticamente correram para comprar tudo no supermercado, açambarcando sem pensar no próximo. Muitas não tiveram os cuidados necessários, como o uso de máscaras, evitar estar com pessoas, etc., e contribuíram para a infecção dos outros e consequentemente para as suas mortes. Muitos pais e filhos, muitas famílias inteiras, muitas pessoas chegaram a cair na rua mortas. O número de mortos acelerou de tal forma que não havia espaço para enterrar/cremar as pessoas. Foi um horror instalado. Depois começou todo o Mundo à procura de uma vacina. Mas até nisso as pessoas continuaram a tentar facturar e levar vantagem. Houve países competindo, houve muita desinformação e remédios falsos, nomeadamente de negacionistas.
Houve uns poucos raios de sol no meio desse longo breu: comunidades que se ajudavam nos bairros, pelas janelas de casa, pelas janelas virtuais, chegando a haver entretenimento assim à distância mas com essa sensação de estarem juntos. Isso uniu muito as pessoas nesses momentos, de terem sido tão tenebrosos, muitas ficaram depois também ligadas. Inclusive houve também muitas pessoas que se afastaram de tantas, perderam tantas para o vírus, e mudaram muito, e as suas vidas também, mas foi como se começassem uma nova fase, a de terem sobrevivido. Mas o Mundo não tratou desse trauma colectivo. O medo tomou conta de todos, a ansiedade, a dependência a coisas que fazem mal mas oferecem alívio instantâneo. Grupos formaram-se ainda mais antagonistas, porque tudo se tornou urgente e decisivo. Conhecemos a polarização das posições, as correntes do ódio ou do amor, do lucro e psicopatia, ou da empatia e da cura.
A vida virou um campo de batalha maior, com mais violência exposta, mais genocídios, mais crimes e mais loucuras inimagináveis. O esperado salto tecnológico que é costume ser registrado após pandemias ou guerras mundiais veio. Todos se agarraram a ele, especialmente como modo de se alhearem e dizerem que seguiram em frente.
Muito poucos tiveram coragem de enfrentar tudinho e tratarem do que é preciso ser tratado, bastante como eu fiz durante estes árduos anos de difíceis, mas também muito bons, processos; aliás, foi assim que te reencontrei e tentei cuidar. Processar lutos, fazer uma aprendizagem mais profunda sobre nós mesmos e analisar tudo com muita atenção.
A maioria das pessoas pôs-se a tentar fazer tudo e mais alguma coisa - não fosse haver outra pandemia já, ou catástrofe climática, e morrer mais gente -, mudar de vida, casar, ter filhos, etc., tudo o que andavam a adiar também. Agravados, imagino, pelas guerras que se intensificaram por todo o mundo.
Mas morreu sim mais gente. O que reabriu feridas. No meu caso, em 2024 foi uma sequência horrível de 8 pessoas em 8 meses seguidos. A par de ter visto crianças a serem propositadamente mortas de fome (em Gaza que tem sido praticamente obliterada de vez) tem sido impossível recuperar qualquer ânimo de vida.
Ninguém sabe com certeza o que virá a seguir, embora haja muitas probabilidades por aí e já realidades a insinuarem-se, mas na verdade tudo indica que ficará pior.
Enquanto houver psicopatas em lugares de poder, não há qualquer esperança realista de haver melhoria.
quinta-feira, julho 31, 2025
Da Dor
Quem avisa, amigo é"
Aconselha-se vivamente a não perturbar, porque tenho uma tendência forte em devolver perturbação.
terça-feira, julho 29, 2025
Não podia, nem devia
segunda-feira, julho 28, 2025
sábado, julho 26, 2025
Voz
Como é que uma voz te pode salvar e ao mesmo tempo te matar?
Uma voz que ama, que acarinha, que fascina, mas ao mesmo tempo te domina, te engana, de fragiliza e assim que te tem inteiramente te adoece, te vicia.
Ainda assim, essa voz, uma vida inteira eu a ouviria.
sexta-feira, julho 25, 2025
Nojo de Humanidade
Deixa as crianças morrerem de fome
Deixa os sem-abrigo congelarem
Deixa as crianças sem educação
Deixa as pessoas trans sem nome
Deixa os doentes a definharem
Deixa as mulheres sem contracepção
Deixa as crianças serem violadas
Deixa o planeta asfixiar com a poluição
Deixa as crianças serem exploradas
Deixa as pessoas serem entretidas
Deixa as pessoas serem cegadas
Deixa o consumismo esconder feridas
Tu precisas do teu conforto material
Os bilionários precisam de mais
Tu precisas de fingir que és normal
Os ricos precisam de se sentir superiores
Os bilionários precisam de mais
Todos precisam mascarar os seus horrores
quarta-feira, julho 23, 2025
terça-feira, julho 22, 2025
Do inferno
O inferno é na Terra, onde todos os dias violam crianças, matam, estropiam, e fazem tantas outras coisas horrendas.
Fazem uns aos outros e a si mesmos. Aos animais, aos habitats, aos elementos da natureza.
O ser humano tem deuses falsos para justificar a sua existência idiota e ele próprio é o diabo dos animais. Neste inferno que criámos e para o qual eu nunca quis vir, todos os dias da minha existência tive problemas físicos. Tive esperança várias vezes que o meu inferno pessoal terminasse, que eu finalmente morresse e não tivesse mais de sofrer todos os minutos com a barbárie que me faziam. Não tive ainda essa sorte. Pior, ainda me meti em mais trabalhos. E agora vivo todos os dias a sentir-me culpada e a não entender completamente como me deixei afectar e até contaminar por tantas pessoas, ao ponto de ter imitado os seus comportamentos por tempo suficiente para fazer muito mal, especialmente a mim.
Com tantas mortes de pessoas da minha família, lembro das pessoas famosas e não só que se suicidaram. Sempre tive um bocado de inveja delas. Sempre queria ter tido a coragem ou a falta da hiperconsciência que me trava sempre nos momentos mais desesperadores. Já vi e vivi tantos horrores para mim. Mesmo assim, digo-me sempre: pior estão as crianças estropiadas, etc., e as que são obrigadas a casar com homens velhos.
É, a merda do inferno na Terra, só fica mais e mais quente ultimamente. Ele é de tantas estirpes e locais, mas é um todo que infelizmente tem como cúmplices os ditos normais.