Já fiz de tudo para deixar de os amar, inclusive não tentar deixar, mas nada resultou e, volta e meia, tudo volta quase como se fosse da primeira vez que os amei.
Não me parece que tenha que ver já tanto com a maneira deles de serem, mas mais com o que fazem e isso perturba tudo de novo, a memória da intensidade dos sentimentos, mesmo que a intensidade por cada um seja diferente. Um é impensável e o outro quase divertido se não fosse um nervosismo também. Pior é estarem tão interligados, estarmos desde o início, quase no mesmo dia, naquela mesma altura tenebrosa. Dois tipos de amor com possibilidades e intensidades diferentes. Será que a minha avó também passou algo um bocadinho semelhante com os que eram dois irmãos? Sim, até cogitei que isto tudo é uma sina qualquer.
É, deixar de amar só também me parece coisa impossível, pois já se passaram anos e continua. Outros amados amores que tive, tão mais reais há tantos anos, ficaram no passado mesmo. Pensava que estes seriam iguais, mas esqueci que a distância e a impossibilidade deixam sempre uma ferida a doer e talvez, por isso, o amor fique em aberto porque não o podemos viver.
Eu que já tinha desistido do amor há tanto tempo, esqueci-me de que ele nunca desiste, ao que parece totalmente de nós que temos coração ainda que meio partido.
Sem comentários:
Enviar um comentário