quarta-feira, abril 02, 2025

Cemitério interior

 E apesar de ser alérgica a flores, levo-as amiúde ao cemitério que tenho no peito, planto plantas e honro tudo, pois tudo é vida convivida na memória. 

Nada aplaca o buraco que nos deixa quem morre, resta só uma placa com o seu nome, uma pedra gravada com duas datas: o ano em que soube da tua existência e o ano em que te perdi. 

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