segunda-feira, outubro 27, 2025

 Dá-me dó

Que as pessoas não sejam elas

Que nem sejam nada de seu

Até eu que tenho por alma um abismo

Onde às vezes brilha o céu

Outras vezes um sofismo

Sei minimamente ser apenas

Sem máscaras nem subterfúgios 

Mas tenho pena de quem vive no breu

De não só não se conhecer

Mas também ser só como o outro 

Ou como o outro quer 

Ou esperam que sejam 

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