Ecoa um lamento pelo Mundo afora
É quase um choro agudo contínuo
Que parece que se vai auto-sufocar
Mas não chega nunca a se extinguir
É uma feiticeira que o canta
E não é uma balada para embalar
Nem um cântico de sereia
Para hipnotizar
Não, é antes uma afirmação
Eu escuto-a e vejo-a contorcer-se
Em gestos mínimos ondulados
Com as mãos soltas e braços abertos
Ela ressoa pelos múltiplos cantos
Do Mundo
Ela canta os venenos nos rios
Os ares poluídos
As nações dizimadas
Num planeta moribundo
Como é tão triste e profundo!
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