Hoje apanhei uma chuva miúda, claro que me lembrei de tu, tu que eras o meu guarda-chuva. Molhei-me pouco, mas o suficiente para me encaracolar o cabelo e mais tarde doer-me o osso do fémur pior que a dor de cotovelo. Oh meu amor, precisava de ti inteiro! Apenas um sétimo de ti existiu para mim, o resto pertence ao mundo-pardieiro. Como foi mundano o teu amor por ela, na sequência de eventos iguais em intensidade e cariz aos que eu tive com ele. Será que ainda me recordarás depois de te aperceberes da verdade toda, depois de viveres tudo o que tens a viver com ela? Não sei se estarei viva e se, esperando por ti, hei-de eu estar livre e com condições. Mas é suposto ser assim. Bem, eu não sei o que é suposto. Assim como não sabia que eles vão morrer todos. Sim, eu sabia. Tu sabes como eu via o que acontecia. Pelo menos já entendi que é apenas o que já aconteceu e vem às vezes antes numa vaga muito forte quando impactou muita gente, ou alguém com quem eu tenha tido alguma ligação forte no coração. Esses impulsos electromagnéticos que tanto vibram por todo o mundo e eu vou levando com as ondas maiores neste meu rádio atrofiado. Parecia tudo loucura quando te dizia, depois soube o que realmente tecnicamente acontecia, explicando tudo isso, mas já nem te pude contar.
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