Peço ao eclipse que te retire de mim, mas não funciona. Volta e meia vem o teu nome à tona, nos que morreram e nos que ainda vão viver. A lua não foi muito amiga; deixou de te dizer sobre mim, fez-te esquecer do doce, do quentinho, do carinho silente. Quem tinha feito o feitiço para nos quebrar de vez, eu perdoei e até agradeci quando soube, porque sofria muito e tu também. Mas eu nunca quis que nos perdêssemos um do outro, que cortássemos laços, que me virasses as costas por um equívoco ou tudo mais. Sempre que escrevo sobre nós assim, a falar de cisão, parte de mim pensa e sente sempre que "como é possível que haja qualquer separação e afins, se estás sempre aqui?", mas contradigo para me convencer que não passa da tal obsessão que se acumulou. Embora eu saiba que no fundo não é verdade. Não houve obsessão por ti nem por ela. Nunca houve mesmo. Apenas este amor tão grande que só vos quer saber o melhor possível, felizes, ou pelo menos não a sofrer. Basta de sofrimento no mundo todo, não é? Eu amo-vos e tenho saudades vossas, inclusive quis enviar um áudio a ela a dizer, mas não consigo. Talvez me tenha tornado naquelas pessoas sem coragem e conformadas, resignadas, que deixam o tempo passar e, pronto, já é demasiado tarde para dizer o que quer que seja. No entanto, às vezes, acredito no tal reiniciar abrupto, do nada, talvez precisamente se consiga porque já passou muito tempo. Faço-vos umas festinhas imaginárias ao vosso lado esquerdo do vosso rosto, do vosso cabelo e espero que sintam algum conforto mesmo que nem se lembrem de mim também quando o faço. Zelo pelo vosso adormecer hoje nestes tempos horrendos que de alguma forma nós os três já vimos doutras vezes. E dói tudo tanto na mesma. Amor meu e amor da minha vida, meus meninos amados.
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