Imagina o que é teres um amor tão grande que, mesmo tu conhecendo as estórias épicas de amor, jamais poderias imaginar a densidade e profundidade desse amor que te foi arrebatar.
Todos vinham dizer sobre ele, como gostava de mim, e eu acreditei por momentos que poderia ser verdade, mesmo sendo tão improvável. Os seus amigos vinham falar-me dele como se a cercarem-me para que ele ficasse bem aos meus olhos. Ora os meus olhos caíram de tanto o olhar, fixaram-se nos seus detalhes e foram constatando que se havia perdido por ele. No mais improvável, além do amor e cuidado que havia, gerou-se uma paixão que não me largou mais. Como eu lutei contra esse amor proibido e desmedido!
Mas o que fui descobrindo só piorou tudo. Eu que lutei quase a minha vida toda contra uma ideia de que há destino escrito, todos e tudo, menos a pessoa que eu tanto amo, me diziam que esta ligação é secular e que atravessou os tempos.
Como dele só tive mormente desprezo e indiferença fatais, vendo-o amar outras por demais, nada me leva a crer que é verdade tudo o que me disseram. Mas, pior, é que eu sinto-o também. Aquela visão de nós dois, também é bastante inequívoca. Do jeito que tudo terminou para ele não sei o que raio poderia ainda regressar para nós. E, no entanto, todos os dias eu amo-o e não é por hábito, pois eu deixei de o ver quando ele quis assim; é por certeza e amor maior.
(nem o raio do eclipse me arranca ele de dentro)
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