Demorei muito a extirpar-te de mim
Talvez ainda estejas por detrás da minha pálpebra
Como uma ramela que arranha o olho
Tu que foste o meu maior tesouro
Que eu guardei por dentro do vento
Para nos abrigar da tua fúria
Foste pedra, papel, tesoura
Vira e mexe era uma salmoura
Da qual dependia a minha vida
Juntamente com a minha água
Mas só restou a tua mágoa
Será que ainda te lembras
De ver o céu e lembrar de mim
De alguma coisa boa de nós
De alguma coisa rara que tivemos
De alguma coisa subtil
Que teve graça e não te meteu raiva?
Já não te vejo há mais de um ano
E só agora te perdi mais uma vez
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