Permite-me escutar o teu silêncio
Que afinaste depois de tanto tempo
E eu não pude escutar no momento
Em que o teu grito foi tão imenso
Perdoa essa escuridão que abalroa
E sobre a qual nós não tivemos mão
Porque nem sabíamos não ser nossa
Por carregarmos raízes de antemão
Passa os braços pelo teu corpo
Tirando tudo o que está morto
Dos embaraços, a vergonha
A paixão de quem sonha
Sopra o vento agora ligeiro
Silenciando o bulício
Parte-nos em dois inteiro
Termina o nosso suplício
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