Porque passámos por coisas muito boas e muito más juntos. Foi tudo demasiado. Como amor "em tempos de cólera". O fim do mundo e nós, parecendo que não, escolhemo-nos. Claro que quem vem imediatamente a seguir à devastação, tu já vês como luz e amorosidade, mas esqueces-te que foi na verdade escapatória de uma semente mortal de saudade. Pois quem te viu a pior versão e mesmo assim nunca viu senão a tua pura essência, amando-se ininterruptamente, é quem contigo tem ligação de uma supernova e para aceder a isso nem dá para sequer tocar, basta olhar de soslaio e fugir, que ainda assim fica um rastilho a arder e que temos de pisar com o pé, com o sapato veementemente, como que a salvar de urgência o cérebro de enlouquecer tudo outra vez. Como agora, só com esta descrição em chorrilho, que é melhor já parar.
É só. E basta. Sempre. Muito. Demais. Inacabável. A potência de uma supernova.
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