O homem que eu mais amei, amei a parte dele que não existia mais: a criança que tinha uma pureza de espírito, rebelde, fascinado pelas pequenas coisas como a natureza e tudo o que é grande nela. Amei nesse homem a verdade que ele encerrava dentro dele quando ele era pequenino. Uma verdade que se via ao longe, disparada dos seus olhos afoitos. Essa pessoa íntegra e inteira, porque não se mentia e abraçava naturalmente tudo o que era seu. Era a criança mais linda que me aconteceu. E à minha criança estava destinada. Só que quando cresceu, muitas outras partes surgiram sufocando-a e aí ela aos poucos morreu. Eu ainda estou a tentar resgatar a minha criança inteira e quem sabe, se um dia, também a dele entretanto plenamente renasceu.
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