Quando me forcei pela primeira vez a abandonar-te, custou-me tanto porque tu eras como uma droga de que eu necessitava para viver e da qual eu tinha de me conseguir livrar. Eu amava-te tanto que tu eras a razão pela qual eu queria estar viva, só para te poder ver e estar contigo mais uma vez. Fiz de ti o meu mundo e tu trataste bem cedo de me abandonar. Eu quis sair desde o início também daquilo que eu já sabia que me ia destruir de tanto tirar de mim.
Sabotar-me em todas as relações que tive de mais fortes, parece ter sido uma constante. Certamente deve-se à autoimunidade, a falta de autoestima e trauma de abandono. Tenho em crer que finalmente estou tão ciente de tudo que até se quisesse, pela primeira vez, eu estaria em condições de ter uma relação com alguém sem que eu acabasse por me sabotar.
É bonito isso. Todo o caminho ultrapassado e entendido. Acho mesmo que nunca mais vai acontecer nada tão terrível quanto me aconteceu em termos de relacionar-me com alguém num nível mais próximo. Se alguma vez conseguir voltar a ter vontade de falar e lidar com alguém do sexo oposto de novo, deve demorar até confiar, mas ao menos já sei exactamente como é que costumo sentir-me verdadeiramente. Abrir-se a alguém só para depois a pessoa abandonar a relação e eu ficar completamente mal, é que nunca mais me pode acontecer esse erro.
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