Tentei, mais uma vez libertar-me de ti. Desta, ao som de Cornfield Chase do Hans Zimmer, porque a Aurora disse que era uma música que lhe significava libertação. Tal é a minha ingenuidade e desespero. Assim que comecei a ouvir e lembrei de Interstellar, pensei que era para me libertar de ti, mas logo percebi que era para eu te libertar de dentro de mim, deixar-te ir, largar desse amor e foi aí que me bateu o óbvio: eu amo-te, logo não dá para de repente, acabar com isso só porque digo e, ao que parece, quero.
Da outra vez, quem fez para que houvesse uma cisão conseguiu fazê-lo, mas não tirou de mim o sentimento antigo, inteiro e que parece atemporal. Um dia talvez eu entenda que a tua inexistência é de tal modo real e permanente, fruto da mente doente, que se quebre essa espécie de feitiço. Até lá, a lua que enche de novo não me libertou ainda.
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