Vim à vida e aplaudi os homens e mulheres de coração puro, impoluto e de alma incorrompida.
Admirei os que não se resignaram à primeira dificuldade e os que se bateram para se melhorarem a si mesmos cada vez mais.
Chorei pelos tristes e com eles senti a dor de ter a falta de felicidades. Senti saudades, dolorosas também, mas não me dei demasiado à sua espiral intensa de memórias densas para que não perdesse completamente o prumo e o sofrimento me matasse de vez.
Suspirei de alívio pela consciência de quem não teve filhos para que a miséria humana não fosse perpetuada.
Revolveu-me o estômago ver que crianças eram obrigadas a casar, eram violadas e engravidadas. As pessoas que se matam e as que matam os outros. Que há quem não queira deixar os outros amarem e serem felizes com quem querem e acham-se donos de tudo e de todos. Os que cometem atrocidades com a boca cheia a falarem de deuses.
Sem comentários:
Enviar um comentário