🤷🏽, complexa, mas sei que tinha mania de justiça pra oprimidos e amar desgraçados como eu, porque são os que mais precisam.
terça-feira, outubro 15, 2024
segunda-feira, outubro 14, 2024
Afinal, o que eu queria
Afinal, o que eu queria, era que me tivesses dito que me amavas mais do que a vida, como eu te amo.
Bobóra
domingo, outubro 13, 2024
Como?
Como é que se enterram amores que não morreram e que, às vezes, pelo contrário, parece que acabaram de nascer, relembrando-nos do que é mesmo sentir-se vivo em explosão de sentimentos em festa?
Renascem com pujança, coloridos, quase com um toque de carnaval e fanfarras, trompetas soando no Olimpo a anunciar o reacender da chama no peito.
Enterros impossíveis, os de quem não morreu; querer matá-los à força, alguma vez resultou?
Lembro-me de quando o detestei sem nunca deixar de o amar. Lembro quando me irritei, mas foi também por amá-lo. Ao outro, nunca cheguei a ter esta troca de sentimentos nem tão imensamente intensa. Só um carinho muito grande nesse amor. A paixão pelo outro é que me fez entrar também em desatino e ultra-defesa, afinal eu sou quem a fugir tem mais destreza. Nunca ninguém conseguiu prender-me totalmente, acabando eu por perceber que tive na vida uma meia dúzia de propostas de casamento de pessoas a quem dei sempre para trás. Porque é que eu não fui nascer uma pessoa simples e fácil de se decidir, é uma chatice mesmo e assim nunca saberei como teria sido. Partindo do princípio que nesse caso eu conseguiria estar numa relação e ultrapassar a fase de quando parece que o amor acaba, ou a paixão, ou as duas coisas, e aí lembrar que haveria hipótese de continuar e reacender tudo com a mesma pessoa, sem ser num estado perpétuo de relação tóxica, mas realmente tendo alguém como verdadeiro parceiro, completamente honesto, decente e leal... e não, não seria este caso em que seria adepta de assumir uma espécie de pan-sexualidade e não-monogâmica..., pois já deu para constatar que paixão envolve posse mesmo e daí ciúme, nem tanto pela insegurança, .. eu, hoje em dia, tenho um profundo nojo de gente traidora e não somente pela questão das DST, tipo no velório do personagem Charlie dos Two and Half Men, o desfecho foi bem louco.
Bem, isto já está a alongar-se demais e como a única pessoa que eu amo e com quem havia de me casar não existe senão na minha cabeça, também não vale a pena ter escrito nais um texto vão sobre o amor que deu sempre confusão.
sábado, outubro 12, 2024
Ainda rogo que o teu nome saia de mim
sexta-feira, outubro 11, 2024
quarta-feira, outubro 09, 2024
Anjo
Quando eu morrer serei um anjo, daqueles que voa e vem cá abaixo só de vez em quando. Um anjo de asas brancas como nas ilustrações. Afinal, eu sempre quis voar, não é verdade? E também houve quem me chamasse de anjo cá na Terra, mesmo quando eu não me sentia muito angelical.
Finalmente
Finalmente, acho que já sei o que sempre procurei mesmo: alguém que ao me encontrar pela primeira vez não me visse como uma desconhecida, como alguém superior ou inferior ou indiferente; e que me reconhecesse, como se eu não fosse alguém externa ela, diferente do que ela é; e que me amasse como eu sou; além dessa pessoa ser uma pessoa sempre atenta, bondosa, generosa, honesta, decente e leal.
Tempo
terça-feira, outubro 08, 2024
Persona
É possível que eu não tenha conhecido alguém tão genuíno e tão falso ao mesmo tempo, quanto tu. O teu ar de espontâneo espanto, meio embasbacado, meio aturdido, o teu riso arreganhado sempre jocoso, alternando em silêncio e gargalhada sonora - convulsões corpóreas.
Essa mistura desesperada muda de cinismo, sarcasmo e um misto de resignação, que só tem explosão em ocasional ocasião.
E lavas o sexo e quando te olhas ao espelho não te demoras, senão a treinar poses e pequenos gestos: lábios, olhos, mãos, cabelo. És um arquitecto de emoções.
Planifica-as como se fosse um maestria a dirigir cada secção de instrumentos.
Hoje em dia, tal como naquele ano de 2014 em que tomavas comprimidos, a depressão não te permite muito. Tens covas nos olhos e dedos e contorno do rosto mais grossos, como incha a negação. A minha frustração, em vez, deve ser como a raiva que corrói o fígado e o estômago, seca tudo.
A tua falta de profissão e a minha não nos tornaram vagabundos. Somos errados, nada errantes, atrofiados em nós mesmos nas masmorras de quem nos deu vida.
segunda-feira, outubro 07, 2024
A minha morte
Pela primeira vez penso em morrer e não me dá tristeza alguma. Parece que cheguei a um ponto, que não esperava chegar, de não só não me importar em morrer e querê-lo desde criança, como já não haver qualquer coisa que me dê qualquer rasgo de esperança ou de motivo para que deva continuar a sofrer de forma ilimitada todos os dias da minha vida sem nada de bom ara suplantar a dor.
Desta vez, a racionalidade e claridade são tantas que até poderiam me assustar. Não é como de todas as outras vezes em que era apenas fruto de um desespero cortante. Penso na Dai e no Gabs e como lhes queria dizer mais uma vez que os amo, mas já disse tantas vezes e, na verdade, entendo conjuntamente a isso que nada do que eu disse seja a quem for importou ou importará. Eu não existo para as pessoas, ninguém sente de tal forma a minha falta que eu de facto vá fazer falta, por isso é que é bom e foi bom o que fiz.
Eu era leve como o vento e ele soprava e me levava. Eu espero que me leve para bem longe e eu nunca mais volte.
Saudades
Como é que sei que realmente gosto muito das pessoas (e também não tanto de outras)? Depois de estar com elas acabo por ficar com saudades e relembrar certas coisas.
O amor da minha vida
Se eu sei quem é o amor da minha vida, por que raio é que havia de me pôr a andar com outros?
Mesmo que eu nunca o tenha, não faz sentido nem quero estar com mais ninguém que não ele.
Depois de tudo o que passei e tudo o que já sei, até pus à prova, mas não dá para ignorar que só é ele, sempre foi ele. Digam o que disserem, eu não quero mais estar com outra pessoa se não for ele.
Eu sou verdadeira ao que sinto. E eu sinto muito.
Eu estou pronta, finalmente
A única razão que eu poderia ter para continuar viva, depois de tanto sofrimento, era estar nos teus braços, mas tu não existes, não me quiseste, não gostaste de mim e nunca hás-de querer estar comigo.
Eu estou exausta há décadas. Não quero mais nada disto diariamente este inferno de viver com nojo e raiva e frustração de estar no sítio errado. De não ter tido direito a ser feliz de verdade, a fazer o que eu queria, a ir onde eu queria.
Eu esperei por nós tanto, que a minha esperança foi a última a morrer, um pouco antes de mim.
domingo, outubro 06, 2024
Inunda
Vivo em vertigem
Quase parada
Mas inebriada
Pela vida
Que ora me inunda
De Beleza
Ora me inunda
Pela pobreza
Ora me abalroa os sentidos
Ora me revolve os intestinos
Ora me alerta os instintos
Ora me desafia fatal
Ora me enobrece e altiva
Me põe doente
Com Síndrome de Stendhal
sexta-feira, outubro 04, 2024
Entre nós
Entre nós, há só sombra, mágoa e dor e ressentimento,
há saudade de um tempo
que não existiu nem volta mais
há febre e tormento
como um furacão
há vitória
de estarmos sozinhos a glória
que no fundo
não bate a memória
do tempo em que éramos iguais
sempre fomos
totais
Amar-te perdidamente
quinta-feira, outubro 03, 2024
Eclipses
Em quantos eclipses é que roguei que te eclipsasses do meu coração?
A porra da lua continua cheia aqui..