O inferno é na Terra, onde todos os dias violam crianças, matam, estropiam, e fazem tantas outras coisas horrendas.
Fazem uns aos outros e a si mesmos. Aos animais, aos habitats, aos elementos da natureza.
O ser humano tem deuses falsos para justificar a sua existência idiota e ele próprio é o diabo dos animais. Neste inferno que criámos e para o qual eu nunca quis vir, todos os dias da minha existência tive problemas físicos. Tive esperança várias vezes que o meu inferno pessoal terminasse, que eu finalmente morresse e não tivesse mais de sofrer todos os minutos com a barbárie que me faziam. Não tive ainda essa sorte. Pior, ainda me meti em mais trabalhos. E agora vivo todos os dias a sentir-me culpada e a não entender completamente como me deixei afectar e até contaminar por tantas pessoas, ao ponto de ter imitado os seus comportamentos por tempo suficiente para fazer muito mal, especialmente a mim.
Com tantas mortes de pessoas da minha família, lembro das pessoas famosas e não só que se suicidaram. Sempre tive um bocado de inveja delas. Sempre queria ter tido a coragem ou a falta da hiperconsciência que me trava sempre nos momentos mais desesperadores. Já vi e vivi tantos horrores para mim. Mesmo assim, digo-me sempre: pior estão as crianças estropiadas, etc., e as que são obrigadas a casar com homens velhos.
É, a merda do inferno na Terra, só fica mais e mais quente ultimamente. Ele é de tantas estirpes e locais, mas é um todo que infelizmente tem como cúmplices os ditos normais.