Eu nunca tive uma casa e quis que fosses a minha, que fosses o amor que não tive. Errei por pensar que sentias uma ligação comigo tão forte que podia em ti confiar.
Estar doente e não querer que ninguém sofresse com isso, acho que é normal da minha parte, ter posto esses muros todos e também nunca encontrar alguém que os entendesse e os transpusesse.
As feridas que transporto e me deixam tão vulnerável que me ponho à defesa sempre. Antes que alguém me abandone de novo para morrer sozinha, como sempre, que é o acontece. Ninguém fica. Ninguém ficou. Houve quem voltasse mas nunca de verdade, por isso também sempre deu errado. Sou melhor a mandar embora do que a deixar que voltem mesmo. Excepto a ti que esperarei sempre a hora que um dia vi que seria a nossa.
Então talvez seja mesmo melhor assim: ficar sozinha e não com ele, para um dia estar completamente livre para ficarmos juntos e ninguém sofrer com isso.
Pensei que podia construir a minha casa e que talvez entretanto ficasse com ele, mas não, porque só tu és minha casa, mesmo que estejas e vás estar esse tempo com outra.
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