A primeira vez que vi um drone de perto foi aí há um mês. Fazia um barulho ensurdecedor, estava a ser operado por um tipo de uma imobiliária e, ao mesmo tempo, veio uma gaivota ameaçar o drone. Foi uma cena assustadora durante um bocado. Eu, primeiro, achei super natural a ronda de ameaças da gaivota, sabendo como elas são territoriais e bem lixadas, e até dei por mim a dizer "vai gaivota, caga no drone", mas logo a violência do barulho e iminente desastre transformaram a minha revoltada torcida em medo, imaginando em segundos os piores cenários tanto para a gaivota como para os transeuntes. Estava a lixar-me para o drone e ver aquele embate de 'homem vs. natureza' -- ainda para mais num local tão idílico que, como tantos, se está a entupir de betão para albergar turistas --, fez-me mesmo relembrar de como não percebemos nada de nada e destruímos todos os recursos naturais pensando que são infinitos. Estes conflitos profundos e separações que se criam só por um instinto de sobrevivência completamente irracional. Somos muito pobres e miseráveis mesmo, mas ainda bem que muitos de nós estamos a curarmo-nos e a ver as coisas com maior consciência e clareza, fazendo o regresso para a sabedoria essencial do elementar.
(de post no insta)
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