Amado amigo,
Quando eu morrer, continuarás a incluir-me na dedicatória das declamações que fazes semanalmente no teu (@) Farol de Poesia (6)? Acho que seria bonito, embora talvez pudesse prender-me uma parte do que chamam de espírito. Não sei, só pensei que era bonito. Pensar que fui Poesia para algumas pessoas. Nada mais. Um vento que passou, ora tornado, ora brisa, ora ar cálido.
Deixei tudo no lugar, pelo menos é o que gosto de pensar, que vou embora finalmente descansar do inferno em que sempre vivi. Tu ajudaste-me a salvar naquela vez em que tive um início de crise de Addison até quase não conseguia respirar. Fizeste-me sorrir tantas vezes nestes anos contagiando-me com a tua alegria. Nós entendíamo-nos bem, não só porque dominas os estudos psicológicos na tua profissão, mas porque a nossa complexidade connosco ficava só simplicidade, compreensão e carinho, um pouco como a nossa cena de Gal e Bethânia.
Devemo-nos ter telefonado só três vezes em três anos, mas sempre foi tão bom e intenso, cheio das minhas tonterias activando as tuas observações objectivas e teus conselhos de profissional que até sentia sempre que te devia ter pago hehehe
Tu foste dos meus amigos mais alegres, completos e fantásticos nesta vida, amigo amado, eu só te desejo muito amor e felicidades, tantas quantas tu repetidamente me desejavas saúde sempre que eu caía ainda mais nas minhas maleitas.
Abraço forte, continua a iluminar o mundo com a bela luz desse teu farol poético!
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