De repente, com o passar dos dias naquelas circunstâncias, passei a amar todo o mundo. Pura e simplesmente. Independentemente de qualquer factor. Apenas talvez porque estavam em sofrimento e esses são os que mais precisam de amor. Eu também estava em sofrimento mas num plano muito mais interior, enterrado, também por causa desse tão grande amor.
Só depois é que deu para constatar os factos, pois antes não tinha qualquer sentido crítico nem tanto de poder de avaliação e julgamento. Não se pode esperar que quem tem uma educação e cultura de amor mentiroso, ilusório, tarado, traição, cornitude, trouxice e todos esses jogos de poder que inclusive chegam a ser nojentos e violentos, sinta um amor real, trabalhado, verdadeiro, saudável, comprovado, sem subterfúgios e idealizações.
Eu amei todo e qualquer um personagem como se fosse de uma série favorita, daquelas que quando acaba deixa um luto. Sim, o amor existe em várias intensidades e tipos, mas ele tem de existir a priori como substância única verdadeira, para então ser verdadeiro também nessas suas ramificações. Aí está, um importante o post hoc ergo procter hoc!
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