Ainda olho, pelos vistos, o céu e lembro de ti. Até lembrei de como poderias estar a ver o céu também da tua varanda, como dantes.
Ontem tentei tirar uma foto a um céu estrelado, como não via há muito, num local pouco poluído luminosamente. Não ficou nada de jeito. Era para ter apanhado a ursa maior que pensei ter encontrado à direita.
Agora ainda está claro, mas é o fim do dia. Aqui sendo Verão o sol põe-se mais tarde, mas curiosamente apercebi-me de que deve ser mesmo quando aí se põe também, ainda que a diferença horária seja bastante.
Connosco o tempo sempre foi alienígena. Parava no teu sorriso. Eternizava-se no teu olhar. Acelerava nos teus lábios e na tua boca ora ia devagar deliciosamente, ora explodia. Tu que eras uma supernova. Tão brilhante no céu. Meu mar.
Será que apagaste todos os resquícios visíveis de mim? Ou ainda te lembras de mim com ódio e dor, quando não passas os dias a ser indiferente a mim? Não preciso saber, apesar de ainda me surgir a pergunta. Se tu soubesses o que se passou entretanto só consigo imaginar-te instantaneamente a socar algo. E o pior disto tudo é que foi só tudo e mais alguma coisa, o amor, em todas as suas vertentes e vertigens. Quem me condenou a esses amores gigantes sem tempo nem lugar?
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