domingo, novembro 30, 2025

"é o que temos para hoje*" e para sempre (a tristeza infinita)

 Há algo que devias saber sobre mim: eu sofro de uma dependência emocional de três pessoas que são as que mais amo desde o tempo da pandemia e que, como é um meu amor doente, segundo eles, impossível e ausente, tenho de fazer das tripas coração já quase desde o início do caos para me afastar e não dizer nada, porque senão posso incorrer numa enchente. Eles sabem e, provavelmente também por isso e como fiz mesmo para os afastar, mantêm-se longe sem me dizerem nada há anos, por iniciativa própria, eles nem se lembram de mim, nem se lembram quando eu nasci, nem me amam minimamente, e está tudo óptimo e é melhor assim porque cada um deles pode viver muito mais contente. 

O que eles não sabem é que eu estou melhor a segurar-me, mas o sentimento continua igualzinho, por ela e por eles os dois, para não precisar um deles que nem posso pensar sequer.

*méli dixit

sábado, novembro 29, 2025

Vete

 O fogo 
Guarda tu
Vai-te
Leva contigo 
O sopro
Eu fico
Respirando
Pouco 
Mas o suficiente 
Para não ter mais 
Perigo 

Um amor novo

 Precisavas era de um amor novo. Mas os antigos não acabam num estalar de dedos. Deixa lá, que com o tempo passam os enredos e desaparecem os fantasmas. Tens de ver que mesmo havendo quem diz que te ama e que vai cuidar de ti, provavelmente só querem fazer-te a cama e não te conhecendo bem tanto podias ser tu como outra mais além. 

Precisas de alguém que fique, ou que te leve e nunca mais te largue. É só. Que tu possas amar até ao fim. Para sempre.

Um amor pacífico

 Eu queria ter o meu amor pacífico 
Como tive um dia essa bonança 
Um amor que era a minha pessoa 
Como eu era a dele sempre 
E mesmo longe não havia dia
Que ele não me falaria 
Mesmo sem falarmos sequer 
Era uma tal alegria voltar
Quando estávamos de novo
E a paixão retornava em tsunami
Mas tranquilo para nos banhar

Eu queria ter o meu amor pacífico 
Que me tivesse como mulher da sua vida
Como alguém me disse uma vez 
E eu não pude mais acreditar 
Talvez já seja tarde para mim
E afinal eu não tenha sido feita para isso
Mesmo que todos me digam que sim

Eu queria ter o meu amor pacífico 
Mas parece que não há amor possível 
Pois eu continuo agarrada a um fantasma
Que pôs fim às nossas vidas 
Mais à minha concretamente 
Já que ele vive sempre contente 
Especialmente com a minha despedida 

Este amor devastador

 Este amor devastador 
Que me matou 
Não tem fim
Ele deixou-me aqui
Para penar sem ele
E de repente morrer
Tudo novamente 
Com a memória 
A inundar-me 
Eu só queria 
Que tivesse sido 
Tudo verdade 
E que o que sinto
Fosse suficiente 
Para não me matar
Com a realidade 

sexta-feira, novembro 28, 2025

O caçador de sombras

Tu foste o meu caçador, quando sombras me habitavam e se entranhavam no meu ser. 
Alimentaste delas como os abutres da carniça mortiça. Tu foste o meu caçador e diligentemente, a todo o instante, montaste armadilhas, venceste-me nas trilhas espalhando os teus minions para me apanhar. Eles espiam-me até hoje. Volta e meia tu assombras-me, e eu embora esteja mais curada das minhas sombras, tu vens como vento repentino que suspira na minha mente uma esquecida canção de piseiro do meu coração, cheia de repentes e contradição. 
Eu caio de novo no redemoinho tortuoso da vibração e não durmo porque volto a absorver um bocado da tensão, mas agora sei que ela não é minha para eu ter de a suportar. Mas quem lhe diz, até às dez da manhã? Chego a desejar-te de surdina sorte e que vai tudo correr bem, como sempre correu. Talvez ainda não tenha aprendido a lição. Talvez ainda não tenha esquecido que um dia foste meu irmão. E também que depois caí em aflição, qual vítima ignorando o síndrome de Estocolmo, mergulhada no tormento da paixão. 
Tu és o meu caçador, ainda, rodeando-me quando a lua enche e quando o silêncio é mais alto. Eu sou o fogo que ardeu até cinzas, sopradas pelo teu furacão. Estiveste armado até aos dentes, a tua matilha era grande, usaste todo o teu arsenal para me matar e antes dilaceraste-me com dentes certinhos e brilhantes num enorme sorriso, seguido de gargalhadas estridentes. 
Eu não sobrevivi. A minha luz apagada sim. 

segunda-feira, novembro 24, 2025

Monção*

 A monção não desabrocha as flores
Senão talvez no deserto 
Assim como quando são sequiosos 
Todos os nossos amores
Não se importam com nosso alagamento 
Pois são terreno fértil à espera dele
Para nos acolher pertencendo
Há poucas pessoas assim 
Que têm arcabouço para tanto
Mesmo quando já tinham amor de todos
Sabem que o amor verdadeiro é raro
E nunca é demais, pelo contrário 
Pareceu-me que F. era assim
Será que fomos mesmo cobardes
Ou apenas nobres cavalheiros 
Que põem o bem dos outros à frente? 
Prefiro acreditar que sim
Que é para não me fazer mais descontente 
Era uma vez um conto de rua
Um mural, dois amigos-irmãos, uma lua
Antes de chegar a enxurrada
Despedimo-nos com a ilusão do reencontro 
Que nunca mais chegou a acontecer 
Porque as águas quando vêm de novo
Nunca são exactamente as mesmas 
E não sabemos para onde vão correr 

*prefiro a palavra em inglês, monsoon, pq em pt faz lembrar moção 🤷🏽

 

• tentei de tudo, mas não funcionou. nem a minha própria autosabotagem, nem ter feito de propósito pra irem às suas vidas, nem o lado mais monstruoso, nada, rigorosamente nada conseguiu exterminar o sentimento tão imenso e profundo. eu desisto. (quiçá agora funciona 🥴🤣🤦🏽q nada, acho q já disse isto d outras vezes e tb n saiu de mim este amor todo por todos, até os que me fizeram mal e os que me detestaram depois🤷🏽nada a fazer, é o que é, o que temos pra hj e pra arrependimento pro resto dos dias, 'parabéns, mto ruim', tyvm) 

#mondayblues #lost #easytolove #lullabyyourselfintosleep #goodnight #notfeelingveryjazzy #sad #hopeless #notgoodatsurrendering #reels #lucubration #shadow

(post q haveria d pôr hj c música jazzy Easy to love)

domingo, novembro 23, 2025

Dos arrependimentos

 Pensa muito bem antes de fazer o que quer que seja, como sempre fizeste antes de ficar tudo doido e torto na pandemia. Porque nunca mais podes dar-te ao luxo de fazer algo de que te arrependas para o resto dos teus dias. 

Continua o estado de inacção, como antigamente, prioritariamente, pois vives com mais uma coisa que deixaste de fazer, mas não uma só que fizeste e te arrependeste. Mesmo que tenha sido impensado. 

(é claro que, em pormenor, depende do que fazes e do que não fazes)

Nunca mais traias o teu coração

 Pensava eu que nunca o tinha traído, até entender que às vezes, em determinados momentos, o próprio coração não é confundido ou entra em conflito. 

Espírito

 Sinto que me foram matando
O espírito 
Primeiro ela
Depois todos eles
Que me tentaram calar
Que me fizeram sentir errada
Que me tornaram revoltada
Que me chamaram de demasiado:
Que eu sei demasiado 
Que eu sinto demasiado 
Que eu falo demasiado 
Que eu me preocupo demasiado 
Que eu cuido demasiado 
Que eu amo demasiado 
(acho que pus aqui o título errado)

Eles quebraram-me
Eu concordei e me apaguei
Como todas as mulheres fizeram 
Eles entraram-me na cabeça 
E me cercearam
Minaram a minha autoestima 
Dilaceraram-me
Não ser amada por quem devíamos 
É o começo para sermos nada

(tlvz o título fosse melhor "(Demasiado) Espírito")

sábado, novembro 22, 2025

Incêndio

 "O mesmo incêndio que consome é o que ilumina o caminho." - Luna Di

Eu não quero mais arder, entrar em combustão só por ver e acabar em cinza no chão. 

sexta-feira, novembro 21, 2025

 Nem quaisquer deuses jamais souberam.

Fotojornalismo

 Uma visão clara
Um olhar focado
Uma memória de um povo
Um ofício arriscado

Uma edição rara
Um momento no tempo 
Anunciar o novo
Partir na chegada

resumo do estado da coisa

 A sensação que eu tenho é de que durante a pandemia estava um zombie com os lutos e os piores pesadelos todos a concretizarem-se e, depois, com a confusão colectiva toda em que me deixei que me arrastassem, enlouqueci, fiz muito mal também a alguém e a mim, tentei recuperar das razias, enquanto toda a gente morreu toda a hora outra vez e agora já não sei mais o que raio fazer, especialmente perante todas as barbaridades monstruosas a acontecer. 

 Eu sou pelo amor livre... de mim 😅🤦🏽🤷🏽

(qq pessoa fica melhor sem mim, certamente, até provavelmente eu 😅🤦🏽☠️)

Dois dias de Gabriel

 Gabriel em "Far from the maddening crowd'" , Gabriel feito de anjo pelo Keanu Reeves em "Anjo da Sorte", uma mãe a chamar um menino Gabriel, priminho Gabriel Caetano sms e o anjo Gabriel na Anunciação de Da Vinci. 


(Ao menos não é várias vezes ao dia, quase todos os dias, como o outro nome, embora em menor quantidade ultimamente. 🤦🏽💔)

quinta-feira, novembro 20, 2025

O sublime divino

 O sublime divino encontrei raras vezes 
Quase sempre na Natureza 
Como nas obras de Da Vinci
Mas também em ti 
Algumas vezes 
Num êxtase que jamais senti
Como uma criança 
Que vê pela primeira vez
A neve a cair

quarta-feira, novembro 19, 2025

Deceparam os dedos de uma criança

 o mal de ser uma mrda de uma sensível idiota neste mundo é que se torna impossível viver rodeada de violência e horrores impensáveis. querer não existir num mundo assim mas ter de aguentar tudo e mais alguma coisa, especialmente sem ter grande motivo para, é muito difícil. por demasiadas vezes nesta vida eu estive quase a morrer e por muitas mais ainda eu quis morrer. mas estou aqui ainda, dilacerada, esgotada, estropiada, desde que era só uma bebé com bronquite asmática.

hoje voltei a ser aquele corpo minúsculo, frágil, galho quebradiço, embora idiotamente teimoso, de quando era eu a criança de dez anos perseguida por skinheads à volta da escola. 

ser uma pessoa "escura" num mundo de "brancos", também foi das piores coisas que me aconteceu. 

terça-feira, novembro 18, 2025

Tecnocrap

 Até os "lugares nenhuns" estão no maps
Assim como o YouTube põe a pagar 
Tanto quem quer pôr anúncios 
Como quem não os quer ver
Por todo o lado estão sempre a receber 

O Elon Musk tem o Mr. Burns como ídolo
E com o seu complexo de deus 
Ele quer agora tapar-nos o Sol
Na verdade são mas é uns "bunda mole"
Que só sabem pagar para lhes obedecerem
Porque eles mesmo não se mexem 
Nem para se guiarem nem para lucrarem

Os tecnobros frutos do tecnofeudalismo
Pensam que já vivem em tecnocracias
Nada lhes faz frente nas tecno-oligarquias
Têm fome de novidade mas é só vaidade 
E chindogus simulando alegria 
Patrocinados pelos boys and their toys

Vivem no mundo da fantasia 
Porque nunca lidaram com a realidade 
Não sabem o que é ser da periferia 
Nem dos 99% da Humanidade 

segunda-feira, novembro 17, 2025

 Amar com compaixão 
Mas não pena
A pena é um sentimento demasiado leve para se sentir 
Não vale a pena 
Sentir
Libertar tudo e todos 
De tudo e todos 
Ver o tempo desenrolar-se
Estar apenas

domingo, novembro 16, 2025

Às vezes o último verso

 Gosto de últimos versos que destoam
Mas bem feitos e contudentes
Mesmo quando aparentam dissonância 
São fechos mais-que-perfeitos
Porque não são realizados 
São só como espadas: desembainhados

O deserto e a miragem

 O deserto produz grandes miragens 
Tu foste a maior delas
Fazer malabarismo com dentes-de-leão
Faz perder todos os sonhos 
Acordar com desesperanças
Ter pesadelos medonhos
Enquanto se brinca com crianças 
Que não estiveram no deserto
E o sol árido torna-se gelo queimante
Eu sei que tu sabes dos meninos 
E não consegues enfrentar-te

O deserto é fértil em alucinações 
Porque se pensa que há recompensa 
Que há um oásis de água límpida 
À espera de quem sequioso o atravessa  
Mas não, só a mente é se enganou
O corpo continua a travessia só 
Vislumbrando o inferno vez em quando 
Sabes que nunca ninguém o ganhou?

sexta-feira, novembro 14, 2025

Do tempo

"O tempo não passa, ele chega", diziam os Maias. Na verdade, o Tempo é um suspiro que ninguém deu. Tudo o que existe não tem tempo; já aconteceu. 

quinta-feira, novembro 13, 2025

Ilusão

 A ilusão é vidro grosso 
que se estilhaçou
em mil pedaços 
e ficaram só os cacos
do que nunca se chegou a ser

segunda-feira, novembro 10, 2025

 Não se escuta com a boca
Não se vê com as mãos 
A vida só é vivida
Se sentires cada senão

Só nós dois

 Fala comigo como se nunca nos tivéssemos largado
Nem apartado dos lábios teus
Acolhe-me, sê gentil
Guarda-me no teu abraço 
Mil vezes mil
Somos felizes num instante eterno
Eu e tu longe de qualquer inferno 
Faz-nos seguros de novo
Só eu e tu sem qualquer povo
Que nos possa interromper 
A pureza da poesia de ser feliz 

sexta-feira, novembro 07, 2025

 Só quem perdeu tudo e o grande amor da sua vida é que sabe a dor que eu sempre carreguei. 

O coração desolado

 É uma dor que alguém me possa ter amado mais e melhor do que tu
Que haja alguém que me possa tratar com mais carinho 
Mas agora que as searas foram cortadas e a minha nostalgia está ainda mais desoladora
E a lua está cheia pela última vez
Antes que retorne a minha morte e o meu insuportável inferno 
Eu recordo-te como alguém que eu amei todos os dias 
Perante o silêncio, a dor e as alegrias 

quinta-feira, novembro 06, 2025

A mais longa trovoada

 Talvez estivesse à espera que as trovoadas me alterassem os telómeros, ou assim, como acontece nas histórias de super-heróis e que eu passasse a estar curada de todas as maleitas, de repente. 

Mas as trovoadas não são milagres, nem são conhecidas por fazerem boas acções.

Os sonhos envelhecem, as ilusões viram pó e os contos de fadas são só pesadelos. 


(tempestade registaram mais de 40mil raios)

A seiva da vida

 Tu eras a minha alegria 
Doce canto e paz no ar
Tu eras a euforia 
De que eu não fui capaz 
E foste tu quem me deu vida
Ao me tomares como valiosa 
Ao me enalteceres preciosa
Fazendo-me ser amada 
E querida por me tomares
Como eu podia ser então 
Esforçando-me tanto
Para estar junto de ti
Eu fui luz escondida 
Que a todos iluminava
Com a minha paixão 
E atenção por cada um
Interessar-me sempre foi sina
Eu não sei quem eu fui
Mas sei que amei demais 
O mundo inteiro 
E tu estavas lá 
Sempre em primeiro 

O tormento

 Quem ou o quê culpar

Quando em situações extraordinárias 

Em que estamos perdidos de nós 

Tornamo-nos loucos

Uns pelos outros e por nós mesmos

Eu não sei quem ou o quê 

Na sucessão dos porquês 

Ele, o meu tormento

Eu, o tormento dele

Eu só queria o fim

Ele nunca me quis a mim

Nenhum de nós aguentou mais

O destruir e a confusão 

Que o amor e a paixão trazem 


("my cousin Rachel" and us)

quarta-feira, novembro 05, 2025

Nada aqui é bom

 Talvez sejamos feitos de Júpiter 
dos pedaços que vieram do céu 
mas nunca seremos grande coisa
porque nada aqui é só bom 

terça-feira, novembro 04, 2025

 Gosto das tuas imensidões:
como eras belo
delicado e incisivo
o toque de um cavalo terno
o teu olhar de oceano 
e o teu cérebro de universo 

penas finas alvas minhas
tocaram-te um dia
fui fiel como um apóstolo 
e eu a rainha do teu reino
e tu sabias o nosso lugar

o luxo de ser amado
simplesmente por que se é
pela imensidão de quem se é

o desejo dos homens é comum
não faz distinções 
não se rende a imensidões 
não se deixa engolir por elas

eu só quero agora um amor 
que seja uma final consumição 

(Elizabeth e Clive Owen de novo)

Indochina

 Amei-o como se ama pela primeira vez 
Com a febre da paixão inesperada 
Que nos toma e nos arrasa
E que não deixa nada em pé 

A urgência de estar perto 
A necessidade de o ver
Igual à necessidade de o ter
E eu sempre a amá-lo
Com o meu peito aberto

Por saber que não o teria 
Por saber que não o veria
Sofri como uma condenada
Numa eternidade amaldiçoada 

Às vezes penso em nós a sós 
Obrigados pela guerra
A fugirmos para um lugar remoto
Perdidos da Humanidade 
Náufragos em Ha Long labirinto




segunda-feira, novembro 03, 2025

 A presunção de quererem preservar coisas efémeras, uma teimosia, um nervosismo, um arriscar... fútil, violento, nauseante. 

domingo, novembro 02, 2025

 Talvez eles estejam todos mortos 
e esqueceram de me contar 
como fizeram com o meu tio
 Deixa-te de coisas 
Tu sabes exactamente o que eu sinto
E é tudo por isso 

Plutão ou quê

 Tu absorveste-me
E o feitiço que te puseram
E a maldição que me rogaram
Fundiram-se 
Aquando Plutão 
Que ora é planeta anão 
Ora é solidão 

O que uma coisa tem a ver com outra, nds.🤷🏽(maybe it's all his)

 Tudo o que escrevo é tão no momento que às vezes até parece que escrevo a verdade sobre o que sinto. Mas nunca é inteiramente assim, há sempre muito mais por detrás, que não cabe em mim nem aqui. 

Sofrer por pessoas alheias é das piores sensações físicas que tenho, mesmo tendo ainda às vezes sintomas do problema de sangue, ou o da insuficiência suprarrenal. 

Eu sabia que ias ficar bem, L., e ainda assim também foi um dos factores que me fez cair de novo na depressão. Mas estou a melhorar e tu também. 💌


O esquecido

 Certo dia, parei de ser sempre eu a dizer alguma coisa a alguém, a lembrar-me sempre das pessoas, a associá-las a tantas coisas... e, de repente, nunca mais tive contacto com ninguém, porque a verdade é que ninguém se lembrava de mim. Mesmo se houvesse alguém que se lembrasse não passava de duas vezes num ano e também nunca diziam nada. 

O Pedro Oliveira estava errado. Afinal era eu quem estava certa nestes anos todos. Finalmente, agora que vejo o meu valor, consigo ver tantas outras coisas incríveis que eu sempre fui e que foram pisadas e invejadas por tanta gente. 

Eles são "o esquecido", eu nunca me esqueci, mas hoje em dia não me lembro mais.

sábado, novembro 01, 2025

 A vida é morte adiada
Um talvez, ou um quase
Um tudo ou nada
A tua música 
Que me viciava
O teu amor 
Que me enganava
Pensar que foi só uma fase
E depois só dor
E mágoa