sempre soubeste que eu era feita de vento
a brisa cálida que te envolvia
atenta a tudo o que mexia
a folhagem que bailava ao cair
o marulhar que bulia
sempre soubeste que eu não existia
que nenhuns olhos me podiam ver
sempre soubeste
porque é que demoraste tanto
a deitar-me fora, a deixar-me ir?
hoje eu sei que "dependência emocional
abre fendas para espíritos obsessores"
antes não sabia
mas desde o início sempre quis-nos livres
um do outro
porque já sabia que nós fomos malditos
acredito sempre que toda gente é alegre
e ficará muito bem depois de me ter e perder
tu não foste excepção
e eu sabia que não havia outra solução
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