Li algures que "a minha responsabilidade como poeta, como artista, é de não desviar o olhar". Acho que foi assim que procedi a vida inteira, até vocês chegarem. Hoje, desvio o olhar. Mas quando desvio para cima, vejo o céu com os seus ocasionais pássaros e nuvens, lembro que vocês estão lá longe do outro lado, e quando desvio para baixo e vejo os pássaros pousados e as flores, lembro como enviei pássaros aos meus longínquos eternos amores.
(desvio o olhar das intempéries todas que estão a ocorrer no mundo, quando já não consigo mais)
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