O amor, quando se vai embora, leva uma parte de nós com ele, que não volta mais e a que permanece fica mais pobre e mais incapaz. Eu sou feita de saudades de quem foi e deixou em mim a memória do abraço de um carinho intemporal. Tenho em mim a lembrança de um resto, de um certo vazio, dos que me deixaram porque eu sou como sou e não sou alguém que possa ter alguém que a ame.
A minha urgência, outra vez, em começar de novo, ser alguém que ama alguém como as outras pessoas todas, só existe na minha cabeça pela hipótese renascida de uma faísca de esperança. Mas, a verdade, é que não sei mais bailar essa contradança. Esta vida dá-me demasiadas voltas confundindo tudo e cansa.
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