Entre o tempo e o mundo, circulam penas de aves arcanas e bailam vísceras suspensas em formol. Adormecidos animalejos que, com clorofórmio, se mantêm refugiados da realidade, são hipnotizados pela abúlica aurora austral. Não são as horas desses ditadores, mas eles voltam repetidamente.
A pêra madura é trincada. Desfazem-se miniaturizados grãos de areia na língua de Ártemis. A sua tocha guia as pequenas bestas, que mais tarde perecem atravessadas pelas setas do seu atlético arco. Ártemis espalha o pó lunar da ampulheta, partindo-a, e todo o mundo, antes insone, quebra agora sob os encantos de Hipnos.
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