Monday, January 25, 2016

... e quando eu chamei por alguém, não ouvi sequer o eco da minha própria voz...

Sunday, January 17, 2016

As flores negras...

Estão flores negras no cemitério da solidão e há uma romaria de corpos fantasmagóricos a deambular para deixá-las aos pés da entidade morta.

No caminho para o Vale do Paraíso vimos um vagão azul a servir de restaurante. Olhámos pela janela do carro e o vale estava iluminado pelo sol laranja que dourava o verde do chão.

Chegando ao destino conheci de novo o fel da mentira do ser humano que tudo aniquila e a surpresa de um acontecimento fatal.
Por que remanescem as ilusões e os sentimentos se tudo está vazio e destruído por dentro?

Wednesday, January 06, 2016

Vejo o deserto nas costas das mãos, terra mais árida nos seus sucalcos e nos seus montes.
Vejo as cinzas nos fios do cabelo, que a memória expeliu do vulcão coração.
Vejo o céu baço em todo o olho, esclerótida leitosa e íris cataratas.

E não sei como cheguei aqui.

Friday, January 01, 2016

Neste instante poderia dar tudo para estar naquela amostra de istmo no Baleal de mãos dadas contigo, protegida do frio nem que fosse pelo abraço do teu casaco branco, como outrora. Bastava isso para agora me aquecer o coração como a doce memória o faz um pouco.