O que tu me fizeste,
já nada pode alterar.
És um monstro de duas cabeças: a que me pariu e a que me desflorou.
Ser espancado e pisoteado pelas tuas ações e inações é igualmente brutal às humilhações psicológicas, verbais e não-verbais.
O veneno que espalhaste por todo o meu ser, como um alquimista ao serviço do demo - ao circularmente agitares uma colher para o dissolveres na tua bebida que era o meu sangue -, continua disseminado nas minhas veias.
Nem o passar dos anos conseguiu sobrepor camadas de felicidade que enterrem o mal que perpetraste. Por tua causa jamais consegui confiar em alguém plenamente, ou deixar que tudo progrida naturalmente.
Sou uma sombra que vagueia a terra e carrega consigo todo o peso do mundo.
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