sexta-feira, maio 02, 2014

Irene, por Rodrigo Amarante

Saudade, eu te matei de fome E tarde, eu te enterrei com a mágoa Se hoje eu já não sei teu nome Teu rosto nunca me deu trégua
Milagre seria não ver No amor, essa flor perene Que brota na lua negra Que seca, mas nunca morre
Verdade, eu te cerquei de longe E tarde, eu encostei no medo Se ontem eu cantei teu nome O eco já não morre cedo
Milagre seria não ter O amor, essa rima breve Que o brilho da lua cheia Acorda de um sono leve
Irene
Irene ri

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