terça-feira, fevereiro 16, 2016

A Memória - Esse quadro de uma vida.

A memória - a minha memória - é uma caixa de pintura.
Primeiro, começou com as memórias de aguarelas, de que hoje ainda sobrevivem algumas bastante esmaecidas.
Depois, vieram as memórias de guache com cores mais garridas, mais expressivas, numa pressa de viver a vida.
De seguida, tal como cresce a maturidade, também a tinta da memória ganha consistência e criam-se as memórias a óleo, que são muito mais peganhentas e algumas só se removem mesmo com ajuda de solventes.

No final da minha caixa de pintura encontram-se as memórias de carvão, quando tudo fenece e se transforma no pó que sempre foi, tingido ou não, acaba sempre por ficar sem cor.

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