sábado, agosto 05, 2017

O que dirias se visses o corpo a nu, por detrás das transparências: a limpidez das várias cicatrizes e a sujidade dos poucos sinais?

Bebeste da minha alma: o carinho entre-dedos, o teu semblante de poeta do romantismo e, eu, brincava com a tua face num mundo ao contrário. Tu sorrias, sempre. Eu a amar-te cada vez mais, sem dar por isso. 
Tenho saudades 
de quem não sei quem és 
e do que foste só para mim. 
Todas as auroras têm a melancolia da ternura que nos tocou 
e o cheiro  do orvalho trémulo invade-me como o teu abraçar 

que tanto queria de novo em mim. 

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