quarta-feira, março 27, 2024

Noite Severina - Lula Queiroga e Pedro Luís

  Corre alta Severina noite
Debaixo do lençol que te tateia a pele fina
Pedras sonhando pó na mina
Pedras sonhando com britadeiras
Cada ser tem sonhos a sua maneira
Cada ser tem sonhos a sua maneira



Corre calma Severina noite
No ronco da cidade uma janela assim acesa
Eu respiro seu desejo
Chama no pavio da lamparina
Sombra no lençol que tateia a pele fina
Sombra no lençol que tateia a pele fina


Ali tão sempre perto e não me vendo
Ali sinto tua alma flutuar do corpo
Teus olhos se movendo sem se abrir


Ali tão certo e justo e só te sendo
Absinto-me de ti, mas sempre vivo
Meus olhos te movendo sem te abrir



Corre solta suassuna na noite
Tocaia de animal que acompanha sua presa
Escravo da sua beleza
Daqui a pouco o dia vai querer raiar



Ali tão sempre perto e não lhe vendo
Ali sinto tua alma flutuar do corpo
Teus olhos se movendo sem se abrir



Ali tão certo e justo e só dissendo
Absinto-me de ti, mas sempre vivo
Meus olhos te movendo sem te abrir



Corre solta suassuna na noite
Tocaia de animal que acompanha sua presa
Escravo da sua beleza
Daqui a pouco o dia vai querer raiar

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