terça-feira, janeiro 24, 2012
quarta-feira, janeiro 18, 2012
A explicação da insónia
A luz ténue de uma vela é a única coisa que me embala o corpo nestas noites frias que passo só, no colchão frio do desamor.
É quando a noite chega, que a consciência desperta, como se tivesse esperado o final do dia para se libertar, entra-me na mente em forma de paranóia. Sim, paranóia, que mais parece ter a forma de um parafuso-meio-tornado que não pára de se agitar violento.
O mal que reside em mim é de um carácter profano, forte na sua profundeza divina. Esta pessoa feia que eu sou, e conformada com isso, nada tem a temer de nada.
Isto de levar a vida como poeta tem muito que se lhe diga; dá mesmo muita dor de cabeça. O sofrimento está para os feios e ricos de espírito como as argolas para as betas.
Não procuro mais ser uma intervencionista, nem com o que escrevo, nem com o que faço da minha vida; hoje em dia fazer seja o que for com carácter intervencionista dá muito trabalho. Então tudo não passará de preguiça mental ou de outra qualquer espécie? ¾ Não, nada disso. As coisas não são como na realidade aparentam ser.
É mais uma forma de me proteger contra o aumento da dor causada pelo espancamento psicológico, pela libertação da consciência, pela paranóia. Então tudo não passará de paranóia. É essa a realidade que para ninguém é real.
sábado, janeiro 14, 2012
segunda-feira, janeiro 09, 2012
Parar. Pensar. Perceber.
Um dia destes ainda perdemos a capacidade de escrever, da mesma maneira que partes do cérebro morrem devido à falta de exercício.
As conversas também já cessaram e escasseiam-se as letras e palavras em todo o lado.
Estupidificamos, não apenas pela falta de interesse em aprender coisas novas e conhecer os mundos das várias pessoas, mas também porque nos apercebemos que no cômputo da vida humana - devido à sua mortalidade e a tantas atrocidades que ela testemunha - as coisas e as pessoas não interessam nada, nem valem nada, senão enquanto estamos a viver o caminho para nos encontrarmos com a nossa insignificância.
Com a idade, aumenta o conformismo e sentimos saudades de sermos rebeldes, mesmo já tendo percebido que ser revolucionário conseguia ser bastante extenuante e em vão.
As conversas também já cessaram e escasseiam-se as letras e palavras em todo o lado.
Estupidificamos, não apenas pela falta de interesse em aprender coisas novas e conhecer os mundos das várias pessoas, mas também porque nos apercebemos que no cômputo da vida humana - devido à sua mortalidade e a tantas atrocidades que ela testemunha - as coisas e as pessoas não interessam nada, nem valem nada, senão enquanto estamos a viver o caminho para nos encontrarmos com a nossa insignificância.
Com a idade, aumenta o conformismo e sentimos saudades de sermos rebeldes, mesmo já tendo percebido que ser revolucionário conseguia ser bastante extenuante e em vão.
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