quarta-feira, fevereiro 22, 2012
Ser ou não ser intolerante? Eis a questão. *
Gosto dos dias de Inverno que parecem dias de Primavera.
Deve ter que ver com o facto de que em toda a minha vida me regi pela máxima «in medium, virtus est», ou pelo menos tentei.
Apercebo-me, agora, que sou uma pessoa que se tem inclinado para a exigência e para a intolerância, depois de me falharem, especialmente no que trata de pessoas de quem gosto. Também concluo que se devia primariamente por me sentir negligenciada por essas pessoas, pois era muito doloroso para mim sentir que elas não se interessavam por saber como eu estava, nem se preocupavam assim tanto comigo. Por me ter dedicado tanto tempo a elas, por me ter disponibilizado sempre com o maior dos altruísmos, é para mim devastador o mínimo sinal de que elas se esqueceram de mim, ou de indiferença, ou que não me consideram diariamente nos seus corações.
Tanta foi a minha dedicação, que tentando encontrar solução para os problemas que elas tinham e não saber depois como elas estavam, perturbava-me o sono. Tornei-me numa insomníaca há muito, como é sobejamente sabido, também por causa de me preocupar com elas.
Com o tempo aprendi a não andar atrás das pessoas de quem gostava para saber como elas estavam, mas vejo agora que ficou mascarada a parte em que deveria mesmo deixar de me preocupar. Resultado: comecei a chatear-me com as pessoas por elas não terem a iniciativa de me dizerem como estão, de partilharem os seus problemas de modo a que juntos tentássemos encontrar uma solução, tal como antigamente.
Parece-me que com tudo isto, vista agora como "intolerante", "garrote" e exigente, não há grande volta a dar, senão deixá-las ir, sem que o explique, pois ninguém volta para saber como e para que haja oportunidade de me entenderem e, quiçá, tolerarem-me.
As relações interpessoais supõem esperarmos algo do outro e, quando as expectativas (que nunca) não correspondem desiludimo-nos.
Solução: não nos preocuparmos com os outros; e não esperarmos nada dos outros.
* Este txt deu-se a 16.02.2012, a propósito de uns dias antes uma amiga ter-me chamado de intolerante. (depois de ela cancelar encontros em cima da hora por 3x)
Deve ter que ver com o facto de que em toda a minha vida me regi pela máxima «in medium, virtus est», ou pelo menos tentei.
Apercebo-me, agora, que sou uma pessoa que se tem inclinado para a exigência e para a intolerância, depois de me falharem, especialmente no que trata de pessoas de quem gosto. Também concluo que se devia primariamente por me sentir negligenciada por essas pessoas, pois era muito doloroso para mim sentir que elas não se interessavam por saber como eu estava, nem se preocupavam assim tanto comigo. Por me ter dedicado tanto tempo a elas, por me ter disponibilizado sempre com o maior dos altruísmos, é para mim devastador o mínimo sinal de que elas se esqueceram de mim, ou de indiferença, ou que não me consideram diariamente nos seus corações.
Tanta foi a minha dedicação, que tentando encontrar solução para os problemas que elas tinham e não saber depois como elas estavam, perturbava-me o sono. Tornei-me numa insomníaca há muito, como é sobejamente sabido, também por causa de me preocupar com elas.
Com o tempo aprendi a não andar atrás das pessoas de quem gostava para saber como elas estavam, mas vejo agora que ficou mascarada a parte em que deveria mesmo deixar de me preocupar. Resultado: comecei a chatear-me com as pessoas por elas não terem a iniciativa de me dizerem como estão, de partilharem os seus problemas de modo a que juntos tentássemos encontrar uma solução, tal como antigamente.
Parece-me que com tudo isto, vista agora como "intolerante", "garrote" e exigente, não há grande volta a dar, senão deixá-las ir, sem que o explique, pois ninguém volta para saber como e para que haja oportunidade de me entenderem e, quiçá, tolerarem-me.
As relações interpessoais supõem esperarmos algo do outro e, quando as expectativas (que nunca) não correspondem desiludimo-nos.
Solução: não nos preocuparmos com os outros; e não esperarmos nada dos outros.
* Este txt deu-se a 16.02.2012, a propósito de uns dias antes uma amiga ter-me chamado de intolerante. (depois de ela cancelar encontros em cima da hora por 3x)
quarta-feira, fevereiro 15, 2012
terça-feira, fevereiro 14, 2012
Tu e Eu
Tu és rochedos
com o mar a bater neles
Tu és os teus olhos
verdadeiramente belos.
Eu sou a calma
e os raios de luz e sombras
Eu sou alma
que encanta e seduz.
Juntos somos o céu e o mar
com imensidão de Amor
Juntos entrelaçados
Como os dedos das nossas mãos.
segunda-feira, fevereiro 13, 2012
sábado, fevereiro 04, 2012
Irreversível
O que tu me fizeste,
já nada pode alterar.
És um monstro de duas cabeças: a que me pariu e a que me desflorou.
Ser espancado e pisoteado pelas tuas ações e inações é igualmente brutal às humilhações psicológicas, verbais e não-verbais.
O veneno que espalhaste por todo o meu ser, como um alquimista ao serviço do demo - ao circularmente agitares uma colher para o dissolveres na tua bebida que era o meu sangue -, continua disseminado nas minhas veias.
Nem o passar dos anos conseguiu sobrepor camadas de felicidade que enterrem o mal que perpetraste. Por tua causa jamais consegui confiar em alguém plenamente, ou deixar que tudo progrida naturalmente.
Sou uma sombra que vagueia a terra e carrega consigo todo o peso do mundo.
já nada pode alterar.
És um monstro de duas cabeças: a que me pariu e a que me desflorou.
Ser espancado e pisoteado pelas tuas ações e inações é igualmente brutal às humilhações psicológicas, verbais e não-verbais.
O veneno que espalhaste por todo o meu ser, como um alquimista ao serviço do demo - ao circularmente agitares uma colher para o dissolveres na tua bebida que era o meu sangue -, continua disseminado nas minhas veias.
Nem o passar dos anos conseguiu sobrepor camadas de felicidade que enterrem o mal que perpetraste. Por tua causa jamais consegui confiar em alguém plenamente, ou deixar que tudo progrida naturalmente.
Sou uma sombra que vagueia a terra e carrega consigo todo o peso do mundo.
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