Um dia já não me lembrarei de ti,
apenas de um emaranhado de emoções sem rosto.
Lembrar-me-ei que o Futuro virou na curva errada
e que não se espetou de imediato numa árvore
nem teve nenhum acidente fatal
somente um apagar silencioso.
E aí, no meio da névoa do outrora, a luz que persiste é só minha
e de tudo o que sou mas não do que sei.
Sim, um dia já não hei-de ser a guardadora de memórias
que qual elefante porta-as até à sua última viagem.
E os abraços que nos demos unir-se-ão todos
num derradeiro para me levar.
*escrito ao som de Solitude de Ryuichi Sakamoto
quarta-feira, outubro 16, 2013
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