sexta-feira, junho 27, 2014

Não sei se é longa a viagem, pois tudo se torna relativo quando comparado
e nada parece existir por si só, mas sinto com certeza
que tenho mais chão nos ombros do que debaixo dos pés
e que carrego mais poeira nos olhos do que nos ombros.

E nas minhas mãos tantas silhuetas, e nas suas palmas tantas cinzas de tantos corpos...

A vida é um sopro, perene, e todavia tem a intensidade do que arde
e se esfumaça, deixando às vezes microscópicas partículas para trás.

Custou a entender e talvez não tenha agarrado todo o significado
do que vi e vivi agora em poucos minutos que duraram muito mais do que isso
- perceber que o amor é apenas um sonho cinematográfico, mas de facto o mais doce a se ter.

sexta-feira, junho 13, 2014

Do apocalipse da humanização

É deplorável...
Pensar que agora as pessoas têm de competir com objectos e afins (smartphones, jogos, redes sociais, etc.) só para ter a atenção das pessoas. Não se passa de bestas zombificadas. Depois têm a lata de dizerem que estão muito ocupadas, quando precisamente dispondo de telemóvel bastam menos de 15 segundos para dar um toque, dar sinal de vida, a outra pessoa.
Há 15 anos atrás a maioria das pessoas não tinha telemóvel e eram todas mais humanas que isso nas suas (então verdadeiras) relações interpessoais.