segunda-feira, outubro 14, 2019
Pobre de quem não tem memórias, ou diz que nunca se lembra do passado, porque não quer, porque diz que só lhe interessa o futuro, seguir em frente a todo o custo, na fuga frenética da roda da vida, negando o simples facto de que todo o futuro é feito de passado e também um dia terá passado; pois não sabe quem é, não tem história nem construção; não sabe o que é ser transportado para uma feliz ida à praia de um passado verão quente apenas pelo doce cheiro que exala de uma figueira. Nem tanto o furioso som da tempestade, pois esse só transporta quem conhece a força do que foi enfrentá-la de peito aberto. A experiência, as alegrias, as lições que se retiram... E mais flagrante que tudo, não saberá o que é ser a todo o instante feliz independentemente do momento presente.
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