segunda-feira, novembro 02, 2009

Sensações

Se as tuas mãos fossem iguais às minhas
será que sentias aquilo que eu sinto
quando passo os dedos pela tua pele?

Serpentes de desejo sibilavam pelo meu corpo
e o sabor da tentação era o fruto doce
que eu trincava sem hesitação.

Sopravas olhares e o meu rosto dissolvia-se em rubor,
agora as metásteses do teu olhar
ainda contaminam as minhas memórias;
morro dessa cura, com a solitude como guardiã.

Soubeste escrever-me nas mãos um destino de sal,
vigoroso sabor nos dedos lânguidos que chupaste,
sem te conteres entre línguas e abraços.

2 comentários:

Fred Matos disse...

Belo poema, Sónia.
Parabéns
Beijos

Sónia Costa Campos disse...

obrigada, só agora é que me apercebi que não tinha definido aviso de comentários no e-mail.

é muito boa surpresa saber que alguém leu e, mais, que gostou; ainda por cima sendo um poeta já com valor reconhecido :) significa muito, muito obrigada.