segunda-feira, janeiro 31, 2011

Da(s) Saudade (s)

Tem duas estirpes este sentimento,
tão afamado de nobre e poético,
a beleza do que se teve
e a falta do que se podia ter tido.

No entanto, dessas duas estirpes,
nenhuma me parece digna de dó:
a saudosista só glorifica o que perdeu
e a idealista espera o que não aconteceu.

Vigora a lei do cansaço, da dor e do desembaraço,
a Saudade já não interessa, não vive de um abraço
e à Tristeza já não há quem a impeça.

Em conformidade e em conformação se perdura
quem da sabedoria do Oeste e do Oriente bebeu,
o meio termo da Felicidade e do Sofrimento urdura
no frágil e danoso tear da vida, que recebeu.

2 comentários:

Anónimo disse...

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Sónia Costa Campos disse...

:)