A minha vida tem laivos de tristeza enraizados, tão frequentes e indeléveis como os das árvores.
A seiva que todos perdemos diariamente, num constante jorrar de energia, nunca chega a ser reposta. Não existem sóis suficientes ou rostos benignos; édens sem bichos malignos.
Assim como as árvores, espero o golpe final do machado extracorpóreo da vida, mas eu, ao contrário delas, não servirei para a construção de mobiliário, nem para aquecer alguém, ardendo numa fogueira qualquer.
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1 comentário:
O Amor Alastra Como Uma Selva Em Fogo
O que não podemos descrever
só os olhos do coração -
por enquanto intacto como uma
gota de orvalho – o pode ver...
Brotando das profundezas do azul
o arco-íris canta a boa-nova:
- O fruto do olhar enfim maduro
está pronto a ser colhido....
entretanto no mesmo espaço
mas noutra época
cintilante desabrocha a flor do amor
e mesmo se o relâmpago
reduz a cinzas os castelos
antes construídos no ar do tempo
o amor alastra
Como uma selva em fogo ...
D'Almeida J. (Facebook)
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