Quatro horas da tarde e não me apetece muito...
não há água quente e a fria causa-me hipotermia.
Não sei se hoje vai aparecer alguém,
mas sei que não há ninguém.
Os Verões são cada vez mais longos,
cada vez mais incendiários,
mas não na minha vontade
que dispensa intermediários.
O sofá sempre disponível,
nem sempre confortável
e a isto se chegou
tão rápido quanto o mar secou.
Surfo em revistas, sítios e páginas,
vejo o horizonte com dois palmos e meio
e a reluzir minusculamente
porque já não há pôr-do-sol
ondas ou luar.
Na minha terra havia palmeiras a dançar
acompanhando o corpo mole
que bailava a cada passo na areia.
Assim são os surfistas sem prancha
românticos, idealistas,
lunáticos, existencialistas...
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário