sábado, junho 29, 2013

Todos os dias eu amo-te em silêncio
como que em oração num templo
onde a devoção que te tenho faz-te o meu deus pessoal.

E todas as noites são passadas em contemplação
na adoração do que foste para mim
lembrando os teus dizeres e gestos
e todos os nossos momentos.

A dor de já não te ter enlouquece-me silenciosamente.
Eras a minha família: a quem dizia boa noite
e a quem desejava um bom dia.
Agora, não poder chegar até ti faz-me sentir paraplégica,
com os braços e pernas amputados
impedindo-me de te alcançar.

O meu desejo de ti encobriu-se de sombras
e já não mais quero alguém amar 
porque o amor agora só significa dor.

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