Preciso fazer as pazes com a água
porque dentro da cabeça o ciclone
não pára
e dentro do peito o tornado
desfaz tudo
e dos olhos trombas de águas saem
inundando o coração
afogando-o
sufocando-o
até que a pouca capacidade pulmonar
seja nenhuma.
Será que a água me perdoa
e lava todo esse sentimento de dentro de mim?
Não sei porque o coração ficou tão encardido de ti
São já muitos anos que te quero fora de mim
Mas o tempo não é meu amigo
E a água agora também não.