quarta-feira, maio 25, 2022

Medo

 Olá, de novo,
Meu medo
Meu segredo
Meu silêncio
Meu degredo

Nunca te tive tanto 
Comigo como agora
O terror de repente
De não viver mais
De não te poder ver
De nunca ir entender

Como nunca tive
Como nunca precisei
Como nunca quis

Agora a dança em que sempre ardi
Nas labaredas da mortalidade
A cada segundo
Passou a ser sonho e miragem
Junto do teu corpo
Como num instante feliz.

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