Será que todas as pessoas amam alguém que na realidade não existe?
Se há factores comprovados que contribuem para que uma pessoa ame outra, tais como aquilo que se definiu na mente da pessoa enquanto na infância na construção do que é o amor, fosse por observação dos pais e familiares, fosse pelo amor que lhe era dirigido, haverá sempre motivos de associação a esses perfis, concepções e construções do que é o amor. Por isso, amar no outro as coisas que já se amava, como quando se tem interesses em comum, não é senão continuar a amar o que já se amava antes e não exactamente alguém pelo que é inteiramente.
Nessa medida, haverá vários motivos a ser listados para se amar alguém especificamente, ou seja, não será aquele amor que não se explica, que não se comanda, que existe sem porquê, mormente ele e não apenas conformação com o que sabe bem.
Sempre ficarei na dúvida, creio, dadas as minhas circunstâncias de nunca mais ir estar com alguém: se o amor é melhor quando é "saudável" (pessoas darem bem uma com a outra, terem gostos em comum, serem companheiras e pronto), e o amor supostamente de alma, aquele em que existe uma identificação para além do normal e unicidade maior, que é arrebatadora.
Aquilo que falávamos há pouco, sobre esse último amor que não se esquece, mesmo que adormeça com o tempo, e nunca acaba completamente. Ele apenas existe.
Daí o amor ter sido sempre mistério para os homens e as suas tentativas de o entender sempre falharam nalgum aspecto.
domingo, maio 29, 2022
Do que é o amor
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