domingo, dezembro 04, 2022

 Na pele tens escritos indecifráveis
Que eu cego de paixão tacteio
Para ver se esse braille leio
A tempo de te folheá-los amáveis

Mas assim que ela se ouriça
Em arrepiados poros de desejo
Eles escapam-se na vontade lisa
Transformando-se em líquido beijo

E as marés que sobem em dilúvio
Quebram e lavam o desconhecido
Tudo é lava e alívio
Nesses nossos corpos fundidos

Sem comentários: