Na pele tens escritos indecifráveis
Que eu cego de paixão tacteio
Para ver se esse braille leio
A tempo de te folheá-los amáveis
Mas assim que ela se ouriça
Em arrepiados poros de desejo
Eles escapam-se na vontade lisa
Transformando-se em líquido beijo
E as marés que sobem em dilúvio
Quebram e lavam o desconhecido
Tudo é lava e alívio
Nesses nossos corpos fundidos
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