Sentir a tua falta dói-me no estômago, todo este tempo em que nunca te tive e só soube te amar. Não consigo comer porque é difícil digerir tanta dor. Sei que doía não te ter perto, não te ter a amizade e o amor, mas dói mais ainda ter a certeza de que não restou nada de bom sentimento de ti por mim, nem hipótese de saudades.
O meu maior arrependimento será sempre ter dado cabo de tudo desde o início, fazendo sofrer, por causa do meu medo de morrer e insegurança, só para não fazer sofrer ainda mais, nesta estupidez toda inconsciente de defesas primitivas irracionais. Depois já era tarde demais, o mal estava feito e a perpetuação da minha estupidez para nunca ter auto-estima também.
Hoje que já me apercebo de tudo também é tarde demais, porque só sobrou este estômago vazio, colado às costas, à espera de se alimentar.
Esperar uma vida toda pelo amor que nunca se vai ter, corrói o estômago e nem o amor próprio chega para o alimentar.
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