Minha querida, para ele eu ou nada é a mesma coisa, ele nunca me amou nem quis saber de mim. Tanto tu como eu, tal como todos os outros, estávamos iludidos por essa constante situação de suposta proximidade. Mesmo que tenhamos sim feitios parecidos, ele é maioritariamente - sempre foi - avesso a tudo o que fui. A sua aversão é tal, também exponencializada por mim com as minhas subconscientes sabotagens, que tudo era visto como dano.
Tu sabes como eu nunca aguentei desde o início tanto reboliço e turbilhão de todos, acompanhaste em primeira-mão tudo o que me fez tanto mal ao ponto de quase falecer.
Hoje, que finalmente estou a melhorar, digo-te com claridade que tudo foi demasiado sempre para mim e por isso era normal que todo o meu sistema quisesse escapar.
Eu nunca te vou ver, nem a eles, mas é assim que eu sempre disse e sabia que ia ser. Aquela promessa de se juntarem e virem serenatar-me à janela ainda foi algo em que acreditei por um momento ser bonito, mas sempre soube que era dito da boca para fora.
Eu amei-vos, assim como disse no início, com a eternidade enquanto durasse. E ela durará porque é eterna. :D
(do sofrimento diário)
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