Escreve-me uma carta a dizer sobre o quanto me amas e a detalhar as coisas que gostas em mim, e que me escutarias até ao fim dos dias; que a minha voz é a mais bonita e eu sou a pessoa da tua vida; que cada célula do teu corpo também sou eu e que tudo o que fazes de bonito tem-me a mim no pensamento.
Escreve-me num papel com marca d'água e fecha o envelope com lacre vermelho da cor do coração.
Escreve-me a dizer que estamos perdoados, pois não há o que perdoar, que me perdoas e me pedes perdão e que sempre teremos a nossa eterna paixão. Diz lá também que não há ninguém acima de mim nas tuas prioridades, pois eu sou a pessoa mais importante do mundo para ti.
Escreve tudo em letras por extenso e não em maiúsculas como quando escreves as tuas letras e listas. Mesmo que fique em gatafunhos, eu vou entender tudo o que querias dizer nesta carta que te pedi. Diz que me vais escrever mais cartas com tudo o que passaste e sentiste (inclusive as tuas queixas, nomeadamente de mim também), para que eu saiba que nunca nos perdemos no automatismo do dia-a-dia e nas mudanças que vamos tendo em nós.
PS: aquilo que te disse uma vez sobre as mulheres serem ardilosas, aprendi essa frase dita por um personagem a fazer de árabe numa novela vossa, quando era adolescente, e eu fui me apercebendo como as mulheres eram mesmo assim e eu nunca fui, porque acredito em ser completamente honesta e dizer o que sinto, para poupar sofrimento a todos. No entanto, causei-nos sofrimento na mesma.
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